terça-feira, 15 de outubro de 2013

PATÁTIVA DO ASSARÉ (RIMAS E VERSOS)

“Não tenho sabença,
pois nunca estudei,
apenas eu sei
o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho,
vivia sem cobre
e o fio do pobre
não pode estudá
“Sou filho das matas
cantor da mão grossa
trabalho na roça
deveras o destino.

A minha choupana
é tapada de barro,
só fumo cigarro
de palha de milho.

Meu verso rasteiro
singelo, sem graça
não entra na praça
no rico saloon

Meu verso só entra
no campo e na roça,
na pobre palhoça
da terra ao sertão.
 
Fonte: Jatão Vaqueiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário